terça-feira, 20 de dezembro de 2011

"LUA DE FEL": O Triângulo Amoroso entre Roman Polanski, Hugh Grant & Adam Phillips


“Cuidado. Não há nada que você faça que eu não possa fazer melhor!"

Há um bom tempo atrás, quando eu tinha, mais ou menos, uns 16 anos (faço 36 anos agora, em 07/01) eu ouvi falar - numa propaganda do SBT, que passaria em sua programação o filme chamado "Lua de Fel" - "Bitter Moon" em inglês; filme produzido em 1992... 

Eu, jovem, cheio de testosterona, quando vi as cenas tórridas de amor, na propaganda, pensei: "tenho que ver!". :c)

Ali, numa rápida análise da propaganda do filme, tinha o que eu queria: sexo, amor, conflito e traição... Joguei no bicho e acertei: deu UNICÓRNIO na cabeça! :c) Havia tudo isso que eu disse, porém a linha básica do filme era sobre a Motivação de uma Traição: "O que nos faz trair; o que nos prende - naquele momento - àquela pessoa? Por que eu estou aqui, com você, enquanto a pessoa que eu disse que amo, esta ingênua, na cabine (do navio) me esperando? O que "Nos Faz" [?!] ROMPER A CORRENTE DO AMOR que gritamos aos quatro cantos do mundo, "Inquebrável"? ...


O Filme: 
Um drama explosivo de Roman Polanski, que explora as mais obscuras profundezas da perversão sexual, onde, Nigel (Hugh Grant) e Fiona (Kristin Scott Thomas) são um casal inglês (aparentemente pacato e feliz, embora morno) em segunda lua-de-mel (sete anos de casados), a bordo de um cruzeiro rumo à Índia. Por entre os monótonos jogos de cartas e os serões fastidiosos, ambos vão travar conhecimento com o americano Oscar (Peter Coyote) -deficiente físico de meia-idade, escritor com alta capacidade narrativa, amargo e manipulador - e a sua esposa francesa Mimi (Emmanuelle Seigner) - bastante mais nova que o marido, é uma sedutora jovem, muito mais jovem do que ele.

Este misterioso casal vai envolver Nigel e Fiona num perverso e misterioso jogo com resultados imprevisíveis. Nigel fica cada vez mais obcecado pela história e nutre um enorme desejo por Mimi (e Fiona percebe este movimento do marido*). No entanto, antes que isso aconteça, Nigel terá de ouvir a história que Oscar tem para lhe contar. 

Nigel e Fiona vão se tornar observadores e participantes numa tragédia de obsessões e paixões, nos limites do erotismo.

Após ouvir toda a história, Nigel acredita que finalmente vai possuir Mimi, mas o inesperado acontece. Percebendo o movimento do marido, Fiona se adianta (após avisá-lo: “Cuidado. Não há nada que você faça que eu não possa fazer melhor!) e acaba sendo *ela a dormir com a francesa!

Toda a história culmina com as duas mulheres dormindo nuas e abraçadas e os dois homens se enfrentando, todos no mesmo quarto. Até que Oscar puxa uma arma, dando fim a vida de Mimi e, logo em seguida, à sua própria; deixando a impressão de que essa era a única forma realmente de acabar com aquele tormento mas continuarem juntos.

DIRETOR 
Roman Polanski 

INTÉRPRETES 
Hugh Grant, Kristin Scott Thomas, Emmanuelle Seigner, Peter Coyote, Victor Banerjee, Sophie Patel, Patrick Albenque, Smilja Mihailovitch, Leo Eckmann, Luca Vellani, Richard Dieux, Danny Garcy, Daniel Dhubert.


- "Mas eu estou realmente apaixonado por você!"

- Por isso você nunca me terá!


...

“Cuidado. Não há nada que você faça que eu não possa fazer melhor!"  

...

Fidelidade, Erotismo, Poder e Incompetência de Abstração (risos), e Curiosidade permeiam este "pedaço de vida" traduzido neste filme. Mas, de tão intrigante, o filme dentre outras coisas, fala de traição de uma forma que eu particularmente nunca tinha vista nas artes (cinema, tv, documentário, seja o que for...). 

Não se ganhou o oscar de melhor roteiro original, mas deveria ter ganho. Deveria ter ganho o Oscar de melhor roteiro da Década de 90 :c) 

A infidelidade enquadra o filme, mas acompanhada, como tudo nesse mundo, do seu contrário: a lealdade a seus princípios - o casal que promoveu a Infidelidade de Ambos os parceiros do outro casal, por curiosa "contradição", foi quem se manteve LEAL aos seus princípios, literalmente, até o fim... Até a morte!   

Sobre o preço da Fidelidade e do seu contrário vi este estudo do psicanalista  Adam Phillips, muito interessante, onde ele diz: "Ser fiel é tão arriscado quanto trair"diz o psicanalista. Ele, então, responde às questões sobre o tema: 

P- A solução, no caso dessas pessoas, é a infidelidade?
R: Sim. E pode dar certo, mas sempre com conflito. Todo mundo tem ciúme sexual, ninguém suporta dividir seu parceiro de sexo. Alguns dizem que suportam, mas é impossível. Se amamos e desejamos alguém, não queremos dividi-lo com outros.

[...] Qualquer pessoa que te venda um prazer fácil está mentindo. Se o que queremos é prazer profundo, com troca entre pessoas, ele será difícil, cheio de conflitos.

P- Por que não considerar esses riscos tão atraentes quanto os riscos da traição?
R: Não fomos capazes de produzir relatos excitantes sobre a monogamia. Os bons romances são sobre adultério. Por isso, é difícil articular de forma interessante os prazeres da monogamia. Fica parecendo algo tedioso...

P- Hoje, temos mais opções para criar essa "história"?
R: Não sei. A cultura liberal oferece mais escolhas do que havia antes. Mas o capitalismo cria a ilusão de que temos muitas escolhas, quando na verdade temos muito poucas.

[...] A única escolha (de nossa cultura fútil) é ser feliz ou não. É isso que está sendo vendido como o único programa: quanto prazer você pode ter, quão feliz pode ser. Só que felicidade pode ser como uma droga, nunca satisfaz, você quer sempre mais.

Há coisas muito mais importantes que a felicidade: justiça, generosidade, gentileza


Do filme "LUA DE FEL":

Cuidado. Não há nada que você faça que eu não possa fazer melhor!"  

Até mais ver, pessoal!

Ednei;c[) 

domingo, 27 de novembro de 2011

Inspirações das Artes


Algumas coisas Inspiram nossas Vidas! 
Por vezes alguns resultados do trabalho alheio, doutras, o trabalho alheio de DEUS :). Aqui colocarei o que me inspira quando vejo a Arte. E o que é Arte? A Cultura Popular diz uma coisa. A Academia diz outra. Eu digo: É aquilo que comprova a existência de Deus Através da Criatividade dos Homens...

As formas e as dinâmicas da Natureza nos Inspira. Mas as necessidades da poética humana; as demandas dos homens, resolvidas através da transmutação das questões existenciais em questões de poética, sempre me atraiu pela beleza e pela necessidade. A mesma necessidade que a faz aparecer, é a mesma que a faz nos atrair! 

A Arte é a somatória do que é o homem. Se ele não tivesse um corpo como se tem, teria um corpo chamado Arte. A arte é nossa "hóstia": nosso corpo e alma, numa coisa só. 

Em alguns resultados, não se consegue ser nada, nem mesmo um mero trabalho artístico. Porém, em alguns outros, se consegue alcançar o nirvana, a origem, a essência... O nome que se der: todos entendem quando se deparam com ela. 

Duas coisas me alimenta a alma, e a somatória resulta na Vida: a Arte e a Natureza.



Aqui, as Artes...





















Inspirações da Natureza...

Algumas coisas Inspiram nossas Vidas! 
Por vezes alguns resultados do trabalho alheio, doutras, o trabalho alheio de DEUS :) ...

Aqui colocarei o que me toca, como diz Dilma, no que se refere ao ato de ser tocado :). Idiocrasias a parte, estará aqui o que me inspira desde muito cedo: a natureza; aquilo que me faz respirar e dizer: "Eu sou feito dessa mesma coisa; feito dessa coisa sem forma, que da forma a tudo: a natureza!". Fui criado a chás e sopas; a dengo e, ao invés de beijos, xêros -do latin XÊRO; quando alguém vinda do interior do Brasil, do interior do Nordeste, chega e lhe diz, com os olhos felizes: "Quêde meu xêro!". 

Duas coisas me alimenta a alma, e a somatória resulta na Vida: a Arte e a Natureza! 


Aqui, a Natureza...



































sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A Arte Imita a Vida e Vice-Versa: Qual Pessoa é PRECIOSA?!

Vários fatos marcam nossas vidas. Alguns nos vivenciamos na carne, e outros nós conhecemos assistindo na hora, ou, de "ouvir falar"... 

A Vida Imita a Arte e vice-versa em relação ao "Assédio Moral" X Filme "PRECIOSA" - um filme maravilhoso, por sinal... 

A Sinópse:

A vida da protagonista Claireece Preciosa Jones (Gabourey Sidibe), é bom você entrar no cinema sabendo que ela é obesa, negra, mora no Harlem de Nova York durante os anos 80 e sofre com tudo isso e por muitos outros motivos que ela nem sabe por quê. E, claro, esses abusos têm suas consequências, como a falta de auto-estima que a faz se esconder do mundo e encobrir, por exemplo, o fato de não saber ler ou escrever.

"Às vezes eu desejo que não estivesse viva. Mas eu não sei como morrer. Não há nenhum botão para desligar. Não importa o quão ruim eu me sinta, meu coração não para de bater e meus olhos se abrem pela manhã”.


“Eu gostaria de ter um namorado com pele clara e cabelos fabulosos...eu queria ser capa de revista”. 
Trecho da narração de Precious em que percebemos a imposição da cultura da mídia na vida social em todo o mundo, o sonho de ser uma celebridade, até mesmos aqueles que não possuem talento.
“Precious... pare de bater as coisas na cozinha. Você quer falar algo, diga... agora coma o pé de porco, e logo...” 
Cena forte em que a mãe obriga Precious a comer um enorme pé de porco, mesmo a garota sem fome. O tratamento é pior possível durante toda a trama.
“A mãe diz que os homossexuais são pessoas ruins... mas não são eles que me estupram, não são eles que me maltratam...”
Precious reflete sobre a opinião de sua mãe em relação aos homossexuais, já que descobri que sua professora vive um relacionamento discreto com uma mulher.
“Seu pai morreu. Ele tinha o vírus da AIDS.”
Um dos momentos mais emocionantes do filme, próximo ao final, quando Mary, sua mãe, informa-lhe que seu pai morreu há alguns dias, e que tinha o vírus da AIDS. Estuprada pelo pai de várias formas, infelizmente Precious descobre que também é portadora do vírus.
“Semana passada, Sr. Raimi me pediu que escrevesse como eu queria ser: eu disse, cabelos longos, pele clara e magra.”
Mais uma cena marcante sobre as reflexões de Precious, garota que foge dos padrões ditados pela cultura da mídia contemporânea, buscando sentir-se inserida de alguma forma.


Enfim: 
Quem ou O Quê criou Preciosa? De quem é a responsabilidade de criar essa auto-estima esmagada e esmigalhada pela ausência de amor e de humanidade pelo outro, pelo próximo mais próximo, pelo próximo distante... pelo próximo?! 

O que Preciosa tem haver com as outras injustiças, como, por exemplo a falta de reconhecimento profissional e pessoal, a parcialidade Conveniente que temos por vezes em nossas vidas pessoais e profissionais... O que é pior do que nossa Conveniência SOCIAL em Sobreviver [socialmente], um mal que faz as piores aberrações da desumanidades aparecerem sempre, e principalmente nos momentos em que o OUTRO precisa mais de nós, mas nós o deixamos a mercê de nossa conveniente indiferença ou diferença escrota para ser esmagado por uma tristeza feroz que o faz, ou engordar, ou emagrecer, ou quaisquer meio de auto-punição que possa parecer meio de sobrevida numa vida que todos os dias se deseja deixar mas que, por uma "punição" inexplicável, segue em nós! 

Vendo Preciosa, vejo nós todos, num Maniqueísmo onde se contrapõe a[s] Mãe[s] [96% da Humanidade] e a Preciosa [4% da Mesma Humanidade]... 

Se se DESpreza o que é PREcioso??

 Onde se mostra com lente de aumento, MAIS UMA VEZ, nossa insensibilidade, nossa indiferença e vilania em ação... 

Preciosa é um Filme, um Espelho, um Balcão de loja, uma Cama de casal, uma Repartição pública, um parque, uma Praça. 

Preciosa está e, infelizmente, são todos nós - exceto 4%; já falei nisso anteriormente! 

Infelizmente...    


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Ednei Alessandro

ed.apsantos@hotmail.com

04 de nov. 2011

domingo, 17 de abril de 2011

Um Visionário = Homem das Possibilidades // Absurdo!

ARTAUD
BECKETT
  
ABSURDO?


Desde muito cedo acho normal e trivial coisas que, hoje, em se tratando de Teatro, descrevem - com uma grande pitada de preconceito e de conveniência/sobrevivência - como  "ABSURDO [no 'hiperpejorativo' mesmo]". E sempre vi o "diferente" como apenas mais uma cor que ninguém conseguiu ver, mas aquele cara, aquela mulher, conseguiram ver. Ou seja, eles não são incompetentes; pelo contrário; eles enxergam mais do que nós[!?] pobres de visões lineares e literais...

Sempre me interessou "os diferentes" - sempre me atraiu. Os que tomavam choques elétricos para voltarem a ser normais; ISSO, EM QUALQUER ÉPOCA DE TODOS OS TEMPOS; EM QUALQUER LIMITE DE IGNORÂNCIA EXACERBADA QUE SEJA... ISSO NÃO É UM CONTRA-CENSO??; os que Pintavam com novos traços e perspectivas; os que Beijavam e abraçavam de outra forma; os que Amavam mais do que agrediam; os que Compreendiam mais do que criticavam a fragilidade alheia; os que Não roubavam quando podiam; os que Libertavam-se e libertavam o outro quando podiam prendê-los... TODOS ESSES "ANORMAIS" - TUDO ISSO, SEMPRE, DE MODO VOLUNTÁRIO OU NÃO, ME ATRAIU [E  ATRAI]  POIS EU SABIA [E SEI] QUE DE ALGUMA FORMA [A FORMA/PARÂMETRO DE CADA COISA...] TUDO QUE SE TEM COMO ABSURDO É APENAS MAIS UMA POSSIBILIDADE DE CAMINHO A ESCOLHER, OU NÃO, PARA SE CHEGAR NO MESMO FIM [DE TUDO]! 

É manifestação de "terrorismo" quando se prova que ABSURDO já fazemos há muito tempo, com muitas pessoas e com nós mesmo, ao redor do mundo, mas... se não vejamos: 

1) Quando se utiliza de manobras 'escusas' para lubridiar o outro com o que falamos afim de alcançarmos objetivo exclusivamente pessoal, isso não é "esvaziar" o significado da construção da comunicação, que seria o intuito de comunicar algo REAL, para manter a realidade do mundo e das coisas? E alguém pode dizer: "mas mentir também é se comunicar!". Claro que é, porém esse tipo de comunicação Não sustenta a realidade de nada, pelo contrário, DESCONSTROI A FUNÇÃO DA LINGUAGEM, QUE É A DE CONSTRUIR SIGNIFICADO REAL NO MUNDO. Ou seja, o Absurdo apenas ASSUMIU o "papel velado da sociedade" de desconstrução da linguagem e de sua comunicação.        

2) Quando se mata milhões de pessoas SEM causa lógica que justifique este fato Injustificável, e, talvez numa tentativa de legitimar o Ilegitimável, se nomeia esse ato vazio e caótico, de Guerra, não se está esvaziando o sentido da lógica, no sentido e recorte de analise que seja? E quando a sociedade civil e também a sociedade institucional de uma nação legitima esses atos Em Nome de NADA, não se esta vivenciando o Absurdo?       

3) Quaisquer que sejam as "Mazelas Opcionais", mazelas voluntárias construídas e sustentadas por uma sociedade que a alimenta e a justifica com Linguagem e Atitudes VAZIAS, no seio desta mesma sociedade talvez para sustentar sua pseudo-bondade, ou até mesmo para, talvez, assim preencher o tempo rindo, ou "ajudando", ou apenas olhando para essa miséria da moral humana simplesmente para passar o tempo até o momento da morte anunciada aos quatro cantos, desde sempre. Isso tudo; esse Ciclo Vertiginoso de Mazelas Voluntárias (Guerras, etc.) e suas respectivas -VÁRIAS- Conseqüências, desprovidas de quaisquer lógica - isso tudo já não é a Vivência [ não a ação que gerou um resultado mas o Próprio Absurdo] do absurdo?        

4) Quando criamos um desenho (pois precisamos significar coisas, pois assim ingenuamente achamos que "controlamos" elas) e arbitrariamente o chamamos de representação de algo: um átomo, um vírus, não estamos escamoteando nossa incompetência de, de fato, não sabermos o que é, nem por que de "ser assim" e apenas usamos o "Expediente Possível" de DESCREVER algo, arbitrariamente, para fingirmos estamos no comando possível das coisas, para assim vivermos bem.E se, alguém vem e nos lembra essa nossa incompetência que nos tira o prumo, ai sim provocando nossa ira o chamando pejorativamente de Absurdista Maluco. Seguindo este exemplo, o que é Absurdo então: a verdade considerada de uma situação Absurda/Diferente de se estar Vivo, ou a verdade considerada de arbitrariamente achar e definir como coisas Resolvidas quando, na verdade, apenas se descreveu arbitrariamente essas coisas mas não as entende e muito menos as resolveu? O que é absurdo? 

Adoro mágica [não só à dos números arrebatadores do ilusionismo mas as que de forma simples transforma o Íntimo do Humano assim transformando sua Consciência, e esse transformando boa parte da "Configuração" do mundo em que agora vivemos], adoro o que se definiu chamar de fenômenos naturais... Também os "sobre-naturais", ver a contradição humana, a contradição das teses "lógicas" da vida, como por exemplo, a tese de que, eu, com 35 anos, cheio de dúvidas e inquietações, de paz e de amor pela vida, de raivas e frustrações, possa simplesmente morrer simplesmente porque minha parte física não acompanha mais minha Consciência Viva... Vivíssima. 
IONESCO
MEYERHOLD
No TEATRO 

As Artes assumiram a verdade cotidiana, vulgo, ABSURDO, em maior grau e repercussão [pois sempre houveram os que enxergavam o óbvio] após a 1ª Guerra Mundial  de 1914-18. Era o momento da "Arte Moderna" - momento ao qual se  refere a uma nova abordagem a qual >Não< mais era importante representar literalmente qualquer objeto artístico, caminhando com cada vez mais freqüência em direção à ABSTRAÇÃO.

Dos Movimentos Vanguardistas, se destacam o Expressionismo {os alemães Max Reinhardt e Erwin Piscator e o russo Vsevolod Meyerhold. Cenógrafos como o inglês Edward Henry Gordon Craig e o americano Robert Edmond Jones}, o Teatro Épico {Bertold Brecht}, o Teatro da Crueldade {Antonin Artaud} e o Teatro do Absurdo {Samuel Beckett, Jean Tardieu, Eugène Ionesco, Arthur Adamov, Harold Pinter e Harold Albee}.

* CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA:


O início do século XX foi marcado por >vários conflitos políticos< como a 1ª Guerra Mundial (1914/18), que causa na sociedade como um todo, desequilíbrio Moral, Econômico e Político.

Em meio às desilusões do continente europeu destruído, as tendências comunistas e fascistas começaram a atrair boa parte da população. Ao mesmo tempo, os tratados que deram fim à Primeira Guerra incitaram um sentimento de ódio e revanche que, mais tarde, prepararam uma nova guerra.

Os valores sociais são questionados e posto sob revisão. Foi nesse contexto histórico que se desenvolveu a Arte da primeira metade do século XX - uma arte de questionamento e de reação extrema ao positivismo e sentido linear, anteriormente instituídos.


* Advento do Comunismo:

Revolução Russa de 1917 foi uma série de eventos políticos na Rússia, durante os quais os operários e camponeses sucessivamente derrubaram a autocracia russa, o governo provisório e expropriaram campos, fábricas e demais locais de trabalho. Estes eventos resultaram numa guerra civil que durou de 1918 a 1921. Durante este processo, os Bolcheviques criaram um poderoso exército, que submeteu igualmente a classe operária e os demais partidos, ao mesmo tempo que adotou o discurso comunista. >> Onda da Valorização das Massas / Comunismo <<


* Crise Burguesa das Economias Nacionais devido a 1ª Guerra / Crise de 1929:


    As conseqüências da 1ª Guerra foram pesadas para os países europeus, principalmente para os diretamente envolvidos no conflito. No geral, o capitalismo europeu iniciou um processo de declínio. O número de desempregados permanecia constante e, apesar do aumento da produção, a maioria das indústrias trabalhava com capacidade ociosa. Entretanto, apesar desses “maus presságios”, a especulação financeira era intensa: em 24 de outubro de 1929 ocorreu, na Quinta-Feira Negra, a quebra da Bolsa de Nova Iorque, quando nesse dia foram lançados no mercado milhões de títulos, os quais não encontraram compradores, gerando a Grande Crise Burguesa alçando uma enorme caos de valores econômicos morais e sociais. >> Crise do Ideal Burguês <<.



Vídeos sobre Artaud 
>>  
>> A partir do 1:10s minuto... Filme: Joana D'arc avec Artaud


......................

"UBU REI" de ALFRED JARRY {Grupo Onitorrinco -SP} [LER esta obra é melhor do que VER] 


Até mais ver! 


Ednei Alessandro_abril/11





terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

01 de Fevereiro de 2011: O Início do Blog... SEJAM BEM-VINDOS!



Muita gente tem Blog... Meu irmão tem um blog; minha ex (Muito Infelizmente) - noiva tem um. Meu irmão me aconselhou que eu fizesse um também. E o meu fato motivacional, ficará claro (é o que desejo) até o fim desse pequeno preâmbulo.


Sou ator; tenho, hoje, 35 anos (faço em janeiro); e a característica mais marcante em mim é a FÉ no que é Bom. Essa Fé no que presumo ser Bom vem, paradoxalmente, de minha outra marca pessoal: o extremo senso de pessimismo em relação à humanidade. Ou seja, meu entojo à grande parte da humanidade - mais especificadamente 95.99% da humanidade - me fez e faz, cada dia mais, buscar desesperada, heróica e brilhantemente priorizar e enaltecer as atitudes da Arte de Viver dos 4.01% restantes, dessa mesma humanidade!


E esse meu "amor" aos 4.01% é forte e representa a força que amo platonicamente a vida... 


O Amor Platônico, que, mais do que, "não haver relação física entre os amantes", significa, independente se há ou não relação física, o foco esta além dessa primeira camada (senso comum) de amor; independente se há contato, busca TRANSCENDER:
" O BANQUETE: ... os filósofos reunidos consideram a forma mais elevada do sentimento: o amor puro, abstrato, fundamentado na parceria intelectual e espiritual. Esse seria o "amor platônico" original. "Para Platão, o plano da experiência humana é inferior ao das idéias e dos conceitos. 
Segundo Trajano Vieira, professor de literatura grega da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp): "é importante observar que aquilo que o senso comum entende hoje por amor platônico – o amor sem contato físico – é diferente do que está em Platão. Para ele, esse amor idealizado não exclui o contato físico e sim o transcende." "      


O Blog Arte e Vida Platonica é isso! Buscar [repito: tenta Buscar...] transcender o Senso Comum, através das exemplificações do USO COMUM trazidos aqui; a Prática; nós e nossas vantagens e nossos limites no uso cotidiano e, amis [eu escrevo por Muitas vezes, em lugar de "mais" a palavra que NÃO existe "amis" - já é um limite prático meu ao vivo pra vocês... Se preparem, tenho Muito "amis" [agora eu fiz de sacanagem ;) ] Limites pra aparecer; e eles aparecem na Hora H em Nós Todos: uns fingem que não os tem, outros que eles não são deles - mesmo os limites saindo de dentro suas cuecas e de seus ouvidos; outros dizem: Tenho SIM, são meus Sim - eu faço parte desses 4.01%.


Minha ARTE - economicamente - "tem me deixado" na mão; minha ex-[infelizmente]noiva, "me deixou" na mão... Muitas coisas nesses 35 anos me deixaram na mão, mas eu não desisto de lutar pelo que é Bom, pois, como falei a cima, sou pessimista. 


Quem desiste das RARAS coisas Boas e Importantes na vida, são os Otimistas: eles se vêem em condição de ignorar a poucas pérolas que Deus deixou espalhadas, como uma brincadeira de "esconde-esconde",  na vida: brincam com a vida: eu não; eu brinco Na Vida. Eu não pude e não posso me dar esse luxo de Ignorar o que é Raro e Oneroso de se construir. 


Minha Arte, Minha Vida e o Platonismo; a Utopia de reconhecer as Pérolas espalhadas durante a arte de viver e a ÓBVIA LUTA para Conquistá-las e Mantê-las, Demonstradas de Forma Prática, com meus próprios Exemplos e os exemplos dos outros [no do outro é mais gostoso ;) ] são as Motivações - tristes motivações - que me levaram a levantar esse Blog, para que, parafraseando A Benção que É Chico Xavier: "Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim." 


E no mais, sou o espermatozoide Que Conseguiu... Sou muita coisa Que Conseguiu!


Viva o Amor. Viva o que é Raro - AMOR & VIDA: aqui tens um LEAL Guerreiro!




Ednei Santos - 01/02/2011
ed.apsantos@hotmail.com